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Estudo analisa as diferenças da força entre homens e mulheres

Entenda as causas das diferenças


O Estudo Narrative Review of Sex Differences in Muscle Strength, Endurance, Activation, Size, Fiber Type,

and Strength Training Participation Rates, Preferences, Motivations, Injuries, and Neuromuscular Adaptations (2022), analisa com detalhes a diferença da força entre homens e mulheres. Homens e mulheres diferem em vários aspectos físicos e psicológicos. Eles diferem quanto à altura e peso corporal, além dos aspectos socioculturais. Diferem também nos resultados do treinamento de força e desempenho nas atividades esportivas relacionadas a essa capacidade.

Discussões sobre diferenças entre sexos quanto à força muscular e resistência, despertam interesse em compreender os mecanismos biológicos subjacentes às diferenças. A força muscular, por exemplo, é determinada pela arquitetura do músculo e os impulsos neurais dirigidos a ele (ativação voluntária).

A atualização sobre diferenças na força muscular entre os sexos é oportuna, primeiro, pelas discussões em curso sobre (a) sujeitos biológicos masculinos competindo na categoria feminina nos esportes e (b) os padrões de aptidão física (teste de aptidão física - TAF) específicos por sexo, exigidos nas corporações militares e policiais. Segundo, não está claro o grau de diferenças da força muscular entre os sexos. A força pode diferir entre homens e mulheres, nos respectivos grupos musculares e tipo de contração muscular. A magnitude das diferenças também não é a mesma para contrações musculares excêntrica, concêntrica e isométrica.


Por que os homens são mais fortes do que as mulheres?

Vários fatores têm sido propostos para explicar como os sujeitos do sexo masculino tornam-se mais fortes do que pessoas do sexo feminino a partir da puberdade. Esses fatores incluem diferenças sexuais na estatura, massa corporal, comprimento ósseo, comprimento do braço de movimento, níveis de testosterona, quantidade de massa muscular, ativação voluntária de músculos agonistas, coativação de músculos antagonistas e participação em atividades físicas na infância, entre outros.


O papel da testosterona na diferença de força entre homens e mulheres começa após a puberdade. Homens exibem níveis circulantes de testosterona 15 vezes maior que os níveis apresentados por mulheres. Antes da puberdade, a testosterona circulante é igual entre indivíduos do sexo masculino e feminino. Esta diferença na testosterona circulante influencia nas diferenças entre os sexos, relacionadas, por exemplo, ao tamanho do músculo, tamanho ósseo e hemoglobina circulante. Acredita-se que esses mecanismos podem explicar "a maioria, se não todas, as diferenças de sexo no desempenho desportivo"


Os estudos revelam que os homens têm maior massa muscular do que mulheres — tanto em termos absolutos quanto em proporção da massa total do corpo. Além disso, a diferença entre os sexos é maior na parte superior do corpo (tórax e braços) do que parte inferior (coxas, pernas e glúteo). Os homens têm uma média de 33 kg de massa muscular (cerca de 38% de sua massa corporal total); enquanto as mulheres têm em média 21 kg de massa muscular, o que representa 31% de sua massa corporal total.




Tamanho do músculo

Quando são medidos o volume e a seção transversal, aumentam as diferenças entre os sexos. Para o bíceps braquial e outros músculos do membro superior anterior, a área transversal em mulheres é de aproximadamente 50% a 60% da área transversal nos homens. O tríceps braquial das mulheres corresponde, aproximadamente, a 61-63% da seção transversal dos homens.


Tipo de fibra muscular

Não há evidências consistentes quanto á diferença entre os sexos no número relativo de fibras do tipo I e fibras tipo II nos músculos. No entanto, há uma diferença entre os sexos relativa ao tamanho total do músculo ocupado por fibras dos tipos I e II. Uma área maior do músculo feminino é ocupada por fibras do tipo I, enquanto no músculo masculino uma maior área é ocupada por fibras do tipo IIA. Assim, a relação entre a área das fibras musculares tipo IIA/tipo I é maior no grupo de homens do que nas mulheres. Isso foi observado nos músculos vasto lateral, bíceps braquial, tríceps braquial e gastrocnêmio lateral. Porque as fibras musculares do tipo II desenvolvem maior força e potência do que as fibras do tipo I, as maiores áreas relativas do sexo masculino provavelmente contribuem para maior força de contração do músculo em relação às mulheres.


Participação em treino de força

A magnitude da diferença de participação entre os sexos difere por país e como a participação é medida. No entanto, os resultados ilustram taxas de participação masculina do que feminina no Brasil, Canadá, Inglaterra, Finlândia, Irlanda, Líbia, Escócia, Coreia do Sul e EUA. Um dos estudos mais abrangentes descobriram que em 28 países da Europa, 19,8% dos homens participavam de atividades para o fortalecimento muscular, 2 vezes por semana, em comparação com 15,0% das mulheres.


Os homens também passam mais tempo por semana participando de treinamento de força. Em um estudo com fisiculturistas, 29% dos fisiculturistas masculinos e 18% dos fisiculturistas femininos relataram 6-9 horas por semana de treinamento de força. Fisiculturistas femininos passaram mais tempo em cardiovascular treinamento do que os fisiculturistas masculinos


Preferência pela supervisão (treinador pessoal)

As mulheres são mais propensas do que os homens a querer a supervisão de um treinador pessoal. Este achado foi observado em todos os estudos que incluíram homens e mulheres. No estudo com a maior amostra, 26% das mulheres e 12% dos homens expressaram preferência pela supervisão durante o exercício.


Preferência pelo tipo de equipamento

As mulheres estão menos confortáveis com equipamentos de treinamento de força. Sentem-se mais confortáveis com o uso de aparelhos para o treino da capacidade cardiovascular (esteira, bicicleta etc.). Isso ajuda a explicar por que maior proporção de mulheres que utilizam esses equipamentos (86%) do que aparelhos de musculação (47%) e pesos livres (34%).


Ênfase nos grupos musculares

Homens e mulheres não necessariamente concentram o treinamento nos mesmos grupos musculares. O achado mais consistente na literatura é que os homens passam mais tempo exercitando os músculos da parte superior do corpo do que as mulheres. As mulheres indicaram maior ênfase na parte inferior do corpo.


Semelhanças e diferenças quanto aos objetivos



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