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Doping, a defesa de Hiago


Suspenso na semana passada pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) por uso de substâncias proibidas (leia aqui), o atleta pernambucano da marcha esabafou, alegou inocência e diz que foi usado pelos órgãos ligados ao atletismo e ao controle antidoping da Rússia.


Depois de silenciar por vários dias, Hiago revela o motivo de falar: “Ai no Brasil existem muitas pessoas que acompanham e torcem pelo meu trabalho e precisam de noticias minhas”.


Sobre o teste positivo, o pernambucano detalha a ocorrência:


“Cheguei a conclusão que fui sabotado nessa competição, na qual fui testado positivo em Julho de 2015. Essas substancias encontradas nas minhas amostras coletadas foram consumidas por algo que bebi ou comi sem perceber que contivessem as drogas”.


“Fui pesquisar sobre essas substancias e vi que as duas são usadas por via oral, ou seja, podem ser ingeridas no liquido. Acredito que isso foi feito antes ou depois da prova” (a prova ocorreu pela manhã e a chamada para fazer o exame antidoping no final da tarde).


Hiago informou que não tinha como recorrer da suspensão, pois não há como comprovar ter feito uso das substâncias de forma desavisada. Segundo ele, a norma Internacional diz que "Todas as substancias encontradas no organismo do atleta, esta(s) é/são de responsabilidade do mesmo”.


O caso, que envolveu outros atletas russos da marcha, inclusive companheiros de Hiago do Centro Olímpico de Penza, também surpreendeu seus treinadores, que acreditam na inocência do pernambucano.


“Os meus treinadores e eu ficamos em choque quando recebemos a noticia. Vale lembrar que eles não foram comigo para essa competição. Fui com outros atletas do Centro Olímpico e da Universidade.”


Confiante no futuro, Hiago não se dá por derrotado, “a minha carreira esportiva não acabou por aqui, mostrarei que tudo que fiz foi sempre resultado de bastante treino e esforço. Quem me conhece tanto na Rússia, quanto no Brasil sabe que jamais faria isso”.


Em desabafo, o marchador lamenta os comentários maldosos que circularam pelas redes sociais e noticiários. “Fiquei muito mal ao ler comentários ruins e de mau gosto”. E conclui com otimismo: “Enfim, aqui estou caído, mas não há queda no mundo que me faça desistir, eu sempre levanto mais forte.”


Em nota recente da IAAF, o número de casos de doping russos no atletismo em geral, e na marcha atlética especialmente, tem sido uma grande preocupação para a Federação, que está investigando com atenção as acusações com o apoio da Agência Mundial Antidoping (AMA).




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