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Hiago P. Garcia Suspenso por Doping


Hiago Pereira Garcia

A Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) divulgou na sua página da internet, quinta-feira, 20/1, o comunicado da Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF) informando que o exame de urina do marchador pernambucano Hiago Pereira Garcia, realizada no dia 1º. de julho de 2015, na cidade de Moscou, na Rússia, teve resultado positivo para duas substâncias proibidas na lista da Agência Mundial Antidoping (WADA), Fenoterol, Peroxisome e seus agonistas.



O exame, realizado pela Agência Russa Antidopagem (RUSADA), ocorreu durante o Campeonato Esportivo Universitário em que Hiago participou. Ele estuda Educação Física na Universidade do Estado de Penza.


Em 6 de novembro de 2015, a RUSADA publicou a punição do atleta, só agora informada pela IAAF à CBAt. Hiago está impedido de competir oficialmente por 4 anos, a partir de 16 de julho de 2015. Apesar da punição, o atleta participou da Taça da Rússia de Marcha Atlética, sub-23, em Cheboksary, em 6 de setembro passado, quando obteve a sua melhor marca da carreira nos 20 km, com o tempo de 1:28.13, tendo conquistado o 2.º lugar.


Segundo a nota da CBAt, a IAAF analisou o caso e contatou o atleta, que aceitou a punição. Agora, a Confederação emitiu Portaria tornando o atleta inelegível para participar de competições de atletismo seguindo as mesmas determinações já anunciadas.


Se não houver nenhum fato novo, como uma segunda amostra ou contraprova que apresente resultados negativos, Hiago só poderá voltar a competir em 2019. Na quarta-feira passada (20/1) o marchador russo Stanislav Emelyanov, companheiro do pernambucano no Centro de Treinamento, várias vezes campeão mundial, e banido por uso da substância EPO (Eritropoietina) desde 2014, foi inocentado após análise da segunda amostra não indicar a presença da tal substância, informou a IAAF. Emelyanov é um candidato potencial a conquistar medalha nos Jogos Olímpicos deste ano no Rio de Janeiro, se for retirada a suspensão. O caso está sendo analisado.


É lamentável que Hiago não tenha escapado dessa trama envolvendo dirigentes e atletas russos. É melhor não julga-lo no momento, ainda são necessários outros esclarecimentos, e várias ações promovidas por órgãos internacionais estão em andamento para ajustar as entidades russas às regras internacionais. Na matéria especial aqui no Esportes21 ele se mostrou feliz pelo progresso alcançado em suas marcas; agradecido aos russos pelo apoio que vem recebendo; confiante e determinado para obter o índice olímpico para representar o Brasil no Rio de Janeiro este ano..

Tentamos conversar com o atleta depois da divulgação do caso, mas mas ele não quis comentar o assunto.


As substâncias encontradas no exame antidoping:


Peroxisome foi incluída na lista de substâncias proibidas desde janeiro de 2009. O seu uso é categorizado como método de dopagem genética. Na clínica médica, a substância é utilizada em casos de dislipidemia e na regulação do transporte de lipoproteínas em situações de síndrome metabólica. Entretanto, seus efeitos podem aumentar o rendimento atlético por meio da melhora da regulação do metabolismo oxidativo (aeróbio); e a mudança do substrato primário utilizado, do carboidrato para o consumo de lipídio. São alterações importantes para o desempenho em provas de longa duração, por isso a proibição da substância.


A substância Fenoterol é usada na terapia das doenças obstrutivas pulmonares e na inibição da contração uterina em mulheres no trabalho de parto prematuro. Os seus efeitos terapêuticos no tratamento da asma produz uma melhoria da função respiratória aumentando a ventilação. O uso inadequado no esporte fez a WADA incluir, desde 2013, o Fenoterol na lista das substâncias proibidas, tanto nos períodos de competição como fora deles.


As duas substâncias possuem efeitos colaterais graves para a saúde se não forem usadas com o devido acompanhamento médico.


História confusa


Entender os recentes casos de doping na Rússia é uma tarefa complexa e deve ser analisada com atenção. Diversas atitudes foram tomadas pela IAAF e WADA para regular e normalizar as atividades da RUSADA e da Federação Russa de Atletismo (ARAF).



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